Vamos dar um pouco de cor às nossas vidas e trazer-nos um sorriso.
Basta ver o sorriso imediato que nos surge no rosto quando um ramo de flores coloridas nos dá as boas-vindas ao entrarmos numa sala para compreendermos o efeito definitivo que a cor tem sobre nós, conscientemente ou subconscientemente.
Quem é que não gosta de olhar para o arco-íris que aparece no céu depois da chuva? As pessoas param para olhar para este fenómeno colorido que colore completamente o céu cinzento do inverno.
As cores rodeiam-nos, onde quer que vamos e o que quer que façamos, quer seja no escritório, em casa ou no exterior. Cada lugar que frequentamos contém uma infinidade de cores; as paredes, os móveis, os objetos, as roupas, a maquilhagem e até a comida que comemos. Para além disso, a cor da pele (escura, clara) ou a cor do cabelo (que variamos de acordo com o nosso humor ou desejo do coração), tudo tem uma cor e uma forma que é mais/menos apelativa para nós.
A publicidade, tal como a publicidade nos meios de comunicação social na televisão ou na Internet, utiliza muito a forma como a cor afeta a nossa maneira de pensar e de agir, para nos levar a comprar uma determinada coisa, a fazer algo ou a evitar fazer outra coisa. Ou seja, a cor tem um efeito emocional sobre nós, e certas cores podem encorajar-nos ou impedir-nos de fazer algo. É claro que algumas das nossas reações às cores são completamente subconscientes, o que apoia a ideia de que o próprio cérebro também reage às cores.
Também utilizamos as cores para exprimir os nossos sentimentos, com frases como "estou verde de inveja", "estou vermelho de raiva", "ouro sobre azul" para uma circunstância especialmente favorável, "coração negro" para descrever pessoas que são más ou insensíveis, etc. Todos estes exemplos são suficientes para demonstrar de forma inequívoca que as cores têm, de facto, um determinado significado nas nossas vidas.
Vejamos, por exemplo, a cor vermelha
Sheril Kirshenbaum, no seu livro "The science of kissing" (A ciência do beijo), apresenta descobertas psicológicas que demonstram que, só de olharmos para a cor vermelha, o nosso ritmo cardíaco sobe e a nossa pulsação acelera, o que nos faz sentir excitados ou sem fôlego.
Acontece que a cor vermelha atua no nosso cérebro tanto a nível biológico como cultural. Em muitas culturas humanas em todo o mundo, a cor vermelha representava uma tradição de demonstração de poder e riqueza. Na China antiga, no Japão e em África, era utilizada para demonstrar as propriedades e o estatuto social de uma pessoa. Na Roma antiga, os cidadãos mais poderosos eram chamados "os de vermelho". Ainda hoje, os homens de negócios usam uma gravata vermelha para demonstrar confiança, enquanto as celebridades nos Óscares ou em outras cerimónias caminham no tapete vermelho.
O antropólogo Brent Berlin e o professor de linguística Paul Kay estudaram em 1969 vinte línguas e determinaram que as duas primeiras cores a serem nomeadas eram a cor preta e a cor branca (que aparentemente são as mais importantes, uma vez que ajudam a determinar o dia e a noite), sendo a cor vermelha a terceira.
Tanto os homens como as mulheres reagem à cor vermelha uns nos outros. Em ambos os casos, o homem ou a mulher que usa uma peça de roupa vermelha será considerado mais desejável do que aqueles que o rodeiam e que usam outras cores.
Os antigos egípcios tinham muitos conhecimentos sobre o poder e a influência da cor; nos seus grandes templos, como o Templo de Karnak, havia salões de cor, onde realizavam pesquisas e ensaios sobre a utilização da cor como método de cura.
Aqueles de nós que trabalham com os Chakras (canais de energia no corpo), nos ensinamentos indianos, chineses e japoneses, sabem que cada canal de energia é representado por uma cor e que essa cor é suposto trazer equilíbrio a um local físico do corpo em caso de doença ou de algum tipo de desequilíbrio (as cores variam entre o dourado/prateado, roxo, azul, rosa/verde, amarelo, laranja e vermelho/preto).
A cor, na sua definição mais simples, é a qualidade da luz em diferentes comprimentos de onda. Cada cor tem um comprimento de onda diferente que a separa das outras cores e permite que o olho e o cérebro traduzam esse comprimento de onda na cor que representa.
Quando trato pessoas, também integro definitivamente as cores
Tomemos como exemplo a enxaqueca, que consiste em dores agudas e insuportáveis que têm muitas origens e variedades. Se definirmos a dor como algo quente (a dor exprime-se acelerando o fluxo de sangue para a área e aquecendo-a fisicamente) e a pessoa com enxaqueca usava uma camisa vermelha nesse dia (considerando que o vermelho é uma cor quente), acha que a dor que essa pessoa sentiu aumentou? E se pegarmos em algo azul (que é considerado uma cor fria e calmante) e o colocarmos sobre a zona dolorosa... será que a dor vai melhorar?
Admita-o! Mesmo logicamente há uma grande probabilidade de melhorar, certo?!
Agora vamos imaginar que acordámos do lado errado, sem disposição nem vontade de fazer nada, o que é que vai melhorar mais a nossa disposição? As cores preto e cinzento? Ou amarelo, cor-de-rosa, verde, laranja, etc.?
Vamos pensar no que nos fará sentir mais otimistas nesse dia? Vestir algo colorido ou algo cinzento/preto?
Ou se, por exemplo, tivermos de ir a uma reunião importante, o que é que nos vai inspirar mais credibilidade e transmitir força? Um fato preto e branco ou um fato colorido? Preto e branco, claro! E se lhe juntarmos um pouco de vermelho, estamos prontos para exalar confiança e representarmo-nos com orgulho na reunião.
E o que aconteceria se uma mulher em processo de inseminação ou fertilização (ou qualquer tipo de processo cuja função é provocar a gravidez) dormisse com roupa de cama colorida ou vestisse umas cuecas coloridas que estimulam a implantação (verde, cor-de-rosa, laranja)? Afinal, ninguém consegue ver o que está por baixo da roupa, e a cor faz o seu trabalho de qualquer forma e encoraja o corpo a ajudar-se a si próprio.
Pense nisso, se a cor nos afeta de forma tão significativa, até não haver literalmente nenhuma área das nossas vidas em que não estejamos expostos a ela, porque não utilizá-la em nosso benefício de forma consciente?
Coloquemos a cor azul onde e quando nos dói ou quando só precisamos de paz e sossego.
As cores verde e cor-de-rosa para facilitar quando estamos muito magoados emocionalmente por algo ou quando estamos doentes.
As cores vermelha, amarela ou laranja quando não estamos bem, para ajudar o corpo no processo de cura ou em processos de mudança e de avanço.
A cor roxa quando queremos pensar e planear corretamente.
As cores preto, branco e um pouco de vermelho quando queremos demonstrar força e confiança.
E até mesmo todas as cores juntas quando estamos apenas à procura de felicidade.
Afinal de contas, só pode ajudar... por isso, porque não tentar?!